terça-feira, 1 de março de 2011

Artigo: Editoras de RPG - As maiores Aventureiras do Brasil


Muitos jogadores reclamam da falta de jogos de RPG no Brasil em português.

É de praxe ver em uma mesa em um encontro de RPG um ou dois suplementos importados, ou com um sistema que não foi lançado aqui. Lemos fóruns de RPG atulhados de tópicos dizendo "por que a Editora X não trás rpg Y ou Z?".

A situação porém, não iniciou hoje. Isto começou fazem muitos anos, desde o inicio do RPG no Brasil. 

 

No início dos anos 90, haviam poucas opções para os jogadores brasileiros. A Devir com Gurps e WoD, a Abril com AD&D e algumas pioneiras, como a GSA que lançou Tagmar e Desafio dos Bandeirantes. Comparado com a quantidade de sistemas e livros que haviam no mundo, tínhamos quase nada. Jogadores da "Velha Guarda" do RPG são acostumados com jogos em outras línguas, já que eram poucas as opções anteriormente, e quem não soubesse inglês, estava em maus lençóis com a quantidade de coisas importadas, como guias, clanbooks ou livros vermelhos, que faziam a diferença entre um Paladino comum e um com o kit de Wyrm Slayer. Para dificultar mais, como não havia a internet da forma que temos hoje, a compra de livros era complicada, dependendo de ligações internacionais ou ligar para as livrarias de São Paulo e Rio para encomendar livros.


Você achava que o primeiro módulo básico de Gurps tinha capa preta? Pense de novo.


Os anos passam e as coisas não mudam. Ou melhor, mudam, mas em escala. Hoje as Editoras de RPG no Brasil trazem (e fazem) mais livros, porém os livros de RPG continuam crescendo mais rapidamente no mundo. Assim, a constante faz com que sempre existam mais e mais livros de RPG lá fora e pouco disto é trazido para o Brasil. Da mesma forma, com a internet, é fácil comprar os livros que queremos da Amazon, Ebay e outros. Todos em inglês, mas de fácil acesso. Então é muito comum ouvimos a seguinte frase - Eu não compro livro aqui no Brasil. É mais fácil importar, já que inglês não é problema pra mim.

Porém nem todos os jogadores pensam assim. Apesar de saber inglês, é muito mais prático ter livros em português, seja por ser mais acessível à todos na mesa, ou porque é muito mais simples do que ler em uma língua não nativa, ou até pelo fato de que é mais fácil de encontrar do que um importado.

Mas porque não tem mais livros em português? Porque as editoras não investem mais? Uma das respostas desta pergunta é simples: O Consumidor.

O consumidor de rpg do Brasil é composto em sua maioria de adolescentes e universitários com pouco poder de compra. Assim, livros muito caros tem pouca venda. Adiciona-se a isso a força que a internet tem, logo chegamos à pirataria. Como o livro é caro, mais vale a pena baixar um scan na internet e imprimi-lo. Assim, vemos grupos de rpg que tem apenas o livro básico original (se o tem, muitos nem isso) e o resto é tudo impressões preto e branco de um PDF baixado.

Para conseguir vencer tudo isso, temos as Editoras Brasileiras (sim, em maiúsculo, pois elas são as heroínas desse artigo). Estas "aventureiras" (no melhor sentido rpgistico) batalham para conseguir trazer coisas boas, vencendo fanboys enlouquecidos, impostos absurdos, Trolls na net e muitos outros monstros perigosos.

Para os desavisados, não é fácil publicar um RPG no Brasil. Na realidade, não é fácil ter uma empresa no Brasil. Nada de discursos ideológicos aqui, isso é um fato simples - Toda empresa visa o lucro. Toda empresa tem que pagar seus salários, custos e impostos. Dessa forma, quando uma empresa simplesmente importa um produto de fora, como por exemplo dados de rpg, além do valor dos dados e dos impostos de importação, ainda o consumidor precisa pagar um "extra" para que a empresa sobreviva. Afinal, o consumidor pôde caminhar até sua loja preferida e escolher seus dados na vitrine, em vez de procurar em sites, pagar em cartão internacional e esperar semanas pela entrega.


 As Editoras são como grupos de Aventureiros. Lutando contra as adversidades para ganhar XP.


Mas voltando as Editoras. Para publicar um livro de RPG, as nossas heroínas passam por diversas "missões":

A Criação de Personagens”: Antes de tudo, precisa-se montar uma empresa. Aqui é definido os sócios, o tipo de empresa, a sede, e todo o tramite legal e complicado. Chame um administrador, um contador e comece o trabalho.

O Gancho inicial” : Agora vem a ideia que livros serão feitos, analisando o mercado, os produtos concorrentes, o nicho. Daqui, a Editora consegue pensar no produto que ela precisa.

Planejamento da Missão” : Antes de chutar o balde, toda empresa que se preze analisa a situação. Com base no produto que será ofertado, analisa o custo total do produto, incluindo licença, diagramação, correção, frete, penetração de mercado, calendário de lançamento, eventos importantes, e tiragem do livro. Aqui se define se vale a pena ou não.

O Encontro com o Rei” : Aqui começa a negociação com o autor ou com a editora estrangeira. Realmente é um teste de negociação. O empresário analisa o custo da licença, que é uma percentagem do valor da venda do livro, com algum adiantamento. Normalmente este é o primeiro passo após o passo da Ideia, pois os empresários normalmente pesquisam sobre a licença do produto antes de pensar em abrir uma empresa.

Negociando com os NPCs": Desde o primeiro passo, é vital um suporte com pessoas de carisma e sabedoria, para conversar com o consumidor. Afinal ele é o que compra o livro. Não adianta gastar dinheiro com propaganda, se quando se entra no site da empresa ou envia um email, não é muito bem tratado. Muitas empresas perderam essa luta, justamente por não tratar bem dos seus clientes, prometer produtos e não cumprir, atrasar entregar, e falta de "Nível de Habilidade" em trato social.

Usando as perícias de Ofícios”: Aqui a Editora precisa pegar o texto do autor, verificar a ortografia,comprar os direitos de arte de desenhistas para as gravuras, diagramar, criar a capa enviar para a gráfica para imprimir, pegar os livros, e pagar o transporte envolvido.

A Luta contra o Chefão”: Se tudo parecia difícil, agora estamos na luta do chefe. Ao contrário do que se pensa, nada se "vende sozinho", a Editora precisa mostrar seu produto, gastar dinheiro e suor fazendo propaganda, promoções, inserções, e correndo na frente. A maioria das editoras planeja vender a tiragem de livros em 12-24 meses, sendo os três primeiros meses a maioria das vendas.

Subindo de nível”: A Editora pegou, fez e vendeu. Neste passo final, voltamos ao início. Com parte do lucro da venda, a Editora já está negociando um suplemento, ou outro livro, para que o processo siga sempre, de acordo com o planejamento. O trabalho nunca para.

Brincadeiras a parte, ser uma Editora não é mais fácil, nem mais difícil do que ter uma outra empresa. Todos os negócios tem seus pepinos e seus benefícios. O que vale nesta hora é a capacidade dos donos da empresa, que, como os jogadores de rpg, tem que saber representar seu personagem, negociando, planejando, e dando a cara a tapa. Uma coisa que fico muito feliz em ver no Brasil são que as editoras aqui, em sua maioria, são Ordeiras e Boas, preferindo ser honestas e vendendo pouco de cada vez, mas vendendo sempre, do que vender muito bem uma vez, e ser taxada "irresponsável", ou que "ignora seus clientes".

Do negócio em si:

Uma piada do meio diz "Como um editor faz para se suicidar? Pula do alto do seu estoque!". O estoque é um problema que atinge todas as Editoras. Ela tem que ter a intuição, a habilidade e a sorte (Habilidade + Perícia + 1d20), para ter uma tiragem que se venda em 12-24 meses. Menos que isso, teremos clientes querendo o livro, e recorrendo a pirataria porque não tem estoque, mais que isso teremos um lugar alto para pular...alem do dinheiro parado. 

Acho que perdi um diagramador no meio do meu estoque...
 

Depois disso temos a distribuição. De praxe, uma editora precisa distribuir seus livros para as livrarias, bancas, etc para vender. Esse custo é de mais ou menos 30% a 50% do preço de capa. Não digo que está errado, muito pelo contrário. As Livrarias precisam pagar seus custos, seus funcionários, seus impostos, e é o preço dela para que você pegue um livro no shopping de sua cidade, ao invés de ter que encomendar. O que assusta é que um livro que a editora venderia por 20 reais, terá que vender por R$ 40,00, para poder distribuir.

Uma coisa muito legal nas Editoras Brasileiras é que elas dão um show na capacidade de se adaptar. Trazer um livro de fora em preto e branco com uma qualidade um pouco menor que a original, somado a outras ideias, como distribuição somente em PDF, e venda apenas pelo próprio site, tudo para reduzir o custo é no mínimo, um sucesso crítico.

Tratando-se de impostos, as Editoras Brasileiras ganham alguns bônus. Não é cobrado imposto de ICMS, PIS e COFINS quando se trata na operação de livros. Livros não são taxados quando importados, e em alguns municípios ainda as Editoras não pagam IPTU. Tudo isso significa que o governo não morde tanto, dando um bônus para compensar as penalidades. Mas como nem tudo são flores, muitos legisladores consideram livros de RPG como “Jogo”, cobrando impostos dos mesmo. Além disso, jogos de RPG precisam ter uma classificação indicativa de idade, assim como filmes e jogos de computador, o que complica mais o trabalho de uma Editora.

Finalizando, antes de começar a reclamar das editoras que não trazem aquele suplemento obscuro daquele sistema que não é mainstream, lembre-se das dificuldades delas em trazer o possível e ajude elas a ganhar XP (comprando livros e discutindo em fóruns, blogs e afins), para que elas possam cada vez mais trazer coisas boas para nós.

Um obrigado ao Guilherme Dei Svaldi, da Jambô, ao Guilherme Moraes, da Retropunk, e ao Darthrafa do Fórum d20miniaturas.com, pelas informações. 

Fabiano Saccol “Chikago”
Administrador


Qualquer dúvida, sugestão, ou correção, comentem, por favor.

15 comentários:

  1. Excelente artigo. Só que na minha opinião é que existem muitos RPGs de garagem espalhados no Brasil, o problema é falta de incentivo isso porque o seguinte:

    1) Falta de incentivo a educação desde 1999 até hoje 2011. Isso acarreta em pessoas que não tem boa interpretação ou não sabem regras gramaticais adequadas. Quando enviam um material para uma editora elas acabam "desprezando" por até critério. Imagina abraçar todos materais mal revisados e diagramados, seria um caos.

    2) Ausencia de editoras. Eu conto nos dedos quantas editoras tem no Brasil no Ramo de RPG. Devir, Jambô, Secular (entrou agora), Draco (nao sei se vai ter jogo de RPG, mas tem literatura. E só.

    3) Preço é tudo, como diz Ricardo eletro. Eu ainda não entendo porque investem ainda em RPG's internacionais. Veja dragon age RPG. É um absurdo o preço, so tenho ele porque ganhei na promoção de um blog, porque senão nao compraria. Estou desempregado cara, imagina comprar um material por 70 reais? Podem falar que é por causa do custo e tals, mas minha classe social nao permite consumir este tipo de preço!

    4) Carencia de designers, quem ai é especializado em ilustração e diagramação e faz serviço free? Se tiver é um milagre porque a maioria vai cobrar um preço, geralmente elevado. E como não tem muitas pessoas qualificadas, fica complicado. Vai procurar uma terceirizada para ver o "backstab" que voce irá receber de oferta.

    Enfim, existe muitos projetos por aí. Sei de muitos por exemplo acesse um software de RPG de mesa: RPG 2ic, Taulukko ou RRPG Firecast e vai ver tanta sala boa e com sistema basico simples e bem satisfatorio, as vezes ate inovador.

    Falta é expurgar a preguiça do corpo e irrigar motivação e braço pra incentivar a galera. Abraços.

    Atenciosamente Scizornl

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  2. Ops esqueci de citar sobre a Retropunk, desculpe.

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  3. Achei um pouco "Glamouroso" demais o artigo. Eu me encontro na parte dos consumidores que compra livros em inglês. Mas, faço isso por dois motivos:

    1 - Livros em inglês são mais baratos. Posso comprar um livro usado em ingles e gastar muito menos que a metade do mesmo livro usado em português.

    2 - A qualidade dos livros em português deixa E MUITO a desejar.


    Vamos às explicações. Brasileiro é um povo que tem muito medo de ser passado para trás. Com isso, muita gente acha que para evitar que isso aconteça, passa os outros para trás antes. O mercado de usados no Brasil sofre com esse mal. O cara compra um livro novo por 80 reais, e depois de passar anos e anos usando-o em sessões de RPG ele acha que pode vendê-lo pelos mesmo 80 por considerar uma "raridade".

    Procurei o livro de Mago: A cruzada dos Feiticeiros para comprar no último mês, e quem vendia, não era por menos de 120 reais, o que eu acho um absurdo, pois o preço do livro novo era por volta de 60.

    Quanto a qualidade, cansei de comprar livros de D&D mal traduzidos, com erros de gramática gravíssimos, com impressões pobres (Ravenloft do AD&D, onde tudo que era vermelho ficou rosa). Simplesmente, me reservo ao meu direito de consumidor de querer um produto "de ponta", mesmo que eu tenha que pagar a mais por isso.

    Sempre que vejo um trabalho bem feito no Brasil eu trato de dar o valor que ele merece. Comprei o Old Dragon, comprei o Mighty Blade e antes do Tormenta RPG, eu colecionava todos os livros. Sinceramente, acho que falta um pouco mais de comunicação entre as editoras e seus clientes, especialmente em uma época onde isso é tão fácil.

    Antes tínhamos a Devir lançando os livros que bem entendia. Passei anos querendo livros Vermelhos de AD&D ou um módulo básico de Eberron e tudo o que eu tinha para comprar eram "Quintessentials" e o "Fronteiras Prateadas", que foi publicado antes inclusive dos romances de Forgotten Realms.

    Me desculpe pelo comentário gigante, mas é que esse assunto realmente me interessa.

    Daniel "Careca"

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  4. Li San:
    4) Carencia de designers, quem ai é especializado em ilustração e diagramação e faz serviço free? Se tiver é um milagre porque a maioria vai cobrar um preço, geralmente elevado. E como não tem muitas pessoas qualificadas, fica complicado. Vai procurar uma terceirizada para ver o "backstab" que voce irá receber de oferta.




    Por que um designer vai trabalhar de graça em um projeto que vai ser vendido e gerar dinheiro para os autores? Nenhum pedreiro constroi prédios de graça, nenhum dono de loja dá produtos de graça para as pessoas. Pq um designer precisaria fazer o mesmo?

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  5. O texto esta muito bem escrito e dosado de humor e informação - magistralmente bem aplicada a comparação da criação de uma editora de RPG com o próprio ato de jogar RPG (criar personagens, ganhar experiência, etc.). Um texto que merece ser compartilhado/retuítado ;)

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  6. Daniel Careca:

    Chega em um determinado ponto crítico que chega mais fácil tornar-se um ilustrador e um diagramador que pagar um serviço terceirizado. A única condição é o tempo em que você tem para dedicar e força de vontade.

    Não reclamo dos serviços de designer e orçamento. Agora pensa bem, um blogueiro, ou um estudante que deseja publicar um material e as vezes não tem este suporte visual fica totalmente barrado. Pode ser até um equívoco, mas uma boa ilustração e imagem conquista muitos clientes. Cores vivas, brilho, entre outros.

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  7. Ops esqueci de citar, que os blogueiros ou estudantes não tenham recursos, ou seja, estão desempregados, ou possue uma renda muito baixa e não quer fazer um financiamento ou emprestimo. como fica?

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  8. E esperar que alguém trabalhar de graça - seja designer, ilustrador ou qualquer outro profissional - é ter uma visão do mundo muito superficial.
    A única forma que vejo isso ocorrer é por meio de um trabalho extremamente autoral (talvez humanitário) no qual o grande objetivo seria o reconhecido pela "sociedade/mercado" - e portanto, nenhuma das partes deverá receber nada, pois se algum dos lados receber, o outro também tem o direito.
    Mesmo se o desenvolvimento for para a área pública (geralmente por meio de editais) ou ONGs, haverá algum tipo de financiamento e portanto todas as partes envolvidas devem receber proporcionalmente.
    Se citarmos livros infantis, é comum que o escritor/autor tenha que dividir parte dos lucros obtidos pela venda com o ilustrador, pois este acaba por se tornar um co-autor (claro que a porcetagem é diferenciada).

    Portanto crianças, como o próprio texto demonstra: o objetivo é o lucro.

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  9. Li-San~~ =]
    Já ouviu falar de Lei Rouanet (Lei de Incentivo a Cultura)? Ou como disse acima, tem os editais - sejam para instituições públicas ou privadas.
    O próprio Governo de São Paulo realiza o Programa de Ação Cultural, que incentiva projetos, pesquisas e produções culturais em geral - inclusie HQs.
    Se tá desempregado, corre atrás e não age como esmoleiro;
    Se é estudante é mais fácil, pois tem mais políticas de incentivo.

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  10. Gostei bastante do artigo e concordo com o autor em todos os seus termos.

    Só faço uma ressalva; como consumidor - junto com meu irmão, porque não compramos material dobrado - de quase tudo que é produzido aqui no Brasil, é bem óbvio que algumas editoras que tão começando agora no mercado tão dando um verdadeiro "banho" nas dinossauras.

    Há algum encontro tipo "fórum" de editoras, pra esses "cachorros grandes do RPG Brasileiro" trocar umas idéias, fazer parcerias, traçar estratégias mais amplas, planejar dominações mundiais? Se não tem, já passou da hora dos senhores donos de editoras de RPG (das maiores às menores) pensarem em alguma coisa parecida com isso.

    CLARO que eu não tou falando que empressas concorrentes de repente vão sentar para trocar mapas de tesouro ou comer rosquinhas de chocolate com leite morno; mas que encontro entre editoras FORA do circuito de encontros de RPG abertos aos consumidores poderia gerar alguns efeitos interessantes no mercado brasileiro.

    (ou não... de repente tou falando um monte de asneira; se for o caso é culpa do sono...)

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  11. Jerônimo:

    Sim conheço a Lei de incentivo a cultura.

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  12. Sou um dos que só compra livros em inglês. Quadrinhos também -- só compro encadernados em inglês... Não tenho a menor obrigação de ajudar o mercado ou incentivar NADA. Sou um mero consumidor. A editora que me ganhe e me dê bons motivos para pagar mais caro, não ter qualquer garantia quanto a continuidade das linhas de livros ("vai sair mesmo o volume 2? E os outros 8?") e aturar traduções nem sempre confiáveis.

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  13. "4) Carencia de designers, quem ai é especializado em ilustração e diagramação e faz serviço free? Se tiver é um milagre porque a maioria vai cobrar um preço, geralmente elevado. E como não tem muitas pessoas qualificadas, fica complicado. Vai procurar uma terceirizada para ver o "backstab" que voce irá receber de oferta."

    Sou designer e diagramador, e se um dia for trabalhar de graça, não será para nenhuma empresa que, como diz sabiamente o artigo, visa o lucro através da tradução e adaptação de joguinhos. Outra: O que é um preço "elevado" para você?

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  14. "Sou designer e diagramador, e se um dia for trabalhar de graça, não será para nenhuma empresa que, como diz sabiamente o artigo, visa o lucro através da tradução e adaptação de joguinhos. Outra: O que é um preço "elevado" para você?"

    Certo, vamos por partes. Em "4) Carencia de designers, quem ai é especializado em ilustração e diagramação e faz serviço free?" trata-se claramente de uma pergunta retórica. Por isso na sequência ele diz: "Se tiver é um milagre porque a maioria vai cobrar um preço, geralmente elevado". Ou seja, ele quer justamente dizer que Designer não trabalha de graça e que isto agrega valor ao produto.

    Segundo, para que o cara vem até uma postagem sobre editoras de RPG pra falar "...através da tradução e adaptação de joguinhos"? Haha

    Que palhaço... lol

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    1. Quem é que chamou o divasca pra essa discussão?

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